quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Os cinco pressupostos do diálogo freiriano - Parte 2

UFC - Universidade Federal do Ceará 
Instituto UFC Virtual 
Pró-Reitoria de Pós-Graduação 
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados 
Divisão de Planejamento e Ensino 
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2013.2 
Turma: T-31 - Química 
Aula 03:
Tópico 01: Amor, Humildade, Fé nos Homens, Esperança e um Pensar Crítico.

Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos 
Cursista: Allen Lopes de Barros





Olá a tod@s! Tudo bem?

Colega professor, dando prosseguimento ás postagens sobre os pressupostos para dialogicidade, iniciadas no post anterior, vamos ao próximo pilar apontado por Paulo Freire.

HUMILDADE

Humildade é palavra comum, usual. No entanto, possui diversas conotações, de forma que muitas vezes torna-se mal compreendida ou mal empregada. Grande engano é entendermos a humildade como atitude de quem sofre de baixa auto-estima; ou, ainda, entendermos o humilde como coitado, pobrezinho. Aliás, é muito comum usarmos o adjetivo “humilde” ao nos referirmos a coisas ou pessoas que nos pareçam em condição de inferioridade (“uma casinha humilde”), não é mesmo?

outros significados, dos quais gosto mais, que são o de humildade como sendo “a atitude de quem não supervaloriza nem desvaloriza algo ou alguém”, ou – ainda melhor – “atributo de quem conhece suas próprias limitações”.

Creio que todos nós, professores, concordamos com Paulo Freire: o ato de ensinar requer disposição para o diálogo. Isto nos pode parecer até óbvio, pois a comunicação, de alguma forma, se dará por diálogos entre professor e aluno. Mas não estamos falando aqui do diálogo imperativo, utilizado pelo professor para dar comandos aos alunos e para receber destes a confirmação da instrução recebida. Muito menos estamos falando do ato natural – e social – de alternar fala e escuta.

Livre diálogo

Está em questão aqui o diálogo – não apenas oral, mas também por meio de diferentes ferramentas de interação, especialmente em EaD – como sendo abertura para contextualizações, espaço para posicionamentos, questionamentos, vivências. Como educadores, sabemos da importância de buscarmos a contextualização dos conteúdos de nossas disciplinas, tanto para dar mais sentido ao que se estuda, como para potencializarmos o desenvolvimento dos alunos. Neste contexto, o diálogo em suas diferentes formas é imprescindível em Educação e pressupõe humildade, pois não há diálogo livre se um dos lados se considera superior ou inferior à parte com que dialoga.

Humildade e Motivação

Portanto, até por experiência própria acredito que você, colega, percebe que ao professor cabe não se deixar levar pela ideia de que é superior ao aluno – porque “sabe mais” que este –, assim como ao aluno é importante que perceba – e para isso a ajuda do professor é importante – que não se encontra em situação de constrangimento, de humilhação ou desvantagem, mas sim que se sinta livre e motivado para buscar seu desenvolvimento através do diálogo em toda sua amplitude.
Bem, isso é o que tenho refletido sobre a Humildade no diálogo em Educação.

O que você acha deste pilar, a humildade, no diálogo em sua prática docente?

Um abraço, e até logo mais!

Um comentário:

  1. Allen,
    É verdade,concordo quando você relata sobre que a palavra humildade, às vezes é muito mal compreendida, mal interpretada, então, humildade significa honestidade, principalmente quando nos deparamos com nossos alunos em sala de aula!
    Abraço
    Regina

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