Instituto UFC Virtual
Pró-Reitoria de Pós-Graduação
Coordenadoria de Pesquisa, Informação e Comunicação de Dados
Divisão de Planejamento e Ensino
Curso: CFCT - Curso de Formação Continuada de Tutores Turma 2013.2
Turma: T-31 - Química
Aula 03: Tópico 01: Amor, Humildade, Fé nos Homens, Esperança e um Pensar Crítico.
Professor Formador: Fernando Antonio de Castelo Branco e Ramos
Cursista: Allen Lopes de Barros
Olá a tod@s!
Espero que estejam bem!
As discussões em nosso curso de formação continuada de
tutores têm sido espaço de muito aprendizado com a troca de experiências entre
os colegas, especialmente por meio dos fóruns de discussão e também por chat.
Nas últimas semanas, tem sido
possível a nós, tutores, vivenciar como alunos a importância da comunicação – estimulada
pelo formador e praticada por nós alunos do curso de formação continuada – em nosso
aproveitamento e desenvolvimento. Assim sendo, é muito conveniente que na atual etapa do curso
estejamos direcionando nossa atenção às considerações de Paulo Freire sobre a
dialogicidade, sua importância no processo de ensino-aprendizagem e alguns
pilares que fundamentam o diálogo eficaz em Educação.
Para Paulo Freire, ensinar exige disponibilidade para o
diálogo entre o educando e o educador, e este diálogo baseia-se em cinco
pressupostos, ou pilares, a saber: amor, humildade, fé nos homens, esperança,
pensar crítico. A partir de hoje, em uma pequena série de postagens aqui no “Fazer
EaD” eu gostaria de compartilhar algumas impressões sobre cada um desses
pilares, e – principalmente – ter de você, leitor, o comentário que
transformará este discurso em diálogo.
AMOR
Neste primeiro post
eu gostaria brevemente de iniciar pelo pilar AMOR. Não apenas para obedecer à
sequência da lista enumerada por Freire, mas porque acredito profundamente que o
Amor é a origem de vários dos outros pilares citados.
Primeiro, acho importante percebermos que Paulo Freire não
exclui a necessidade de capacitação técnica do educador, mas “compreende o
querer bem aos educandos como algo que dá sentido à prática educativa” (David e
Castro-Filho, 2009). Em sua “Pedagogia da Autonomia”, Paulo Freire (2006)
pondera que “Não há diálogo se não há um profundo amor ao mundo e aos homens”.
De fato, o ser humano é um ser de relações complexas, e sabemos
que no processo educativo muitos aspectos estão envolvidos na comunicação educador-educando:
contexto cultural de cada um, valores, convicções, aptidões, diferentes graus
de conhecimento sobre diferentes
assuntos, realizações, frustrações, inseguranças, certezas, expectativas, temperamentos, etc. Diante de tantas
diferenças, como fazer para que a comunicação ocorra de forma livre, superando-se
paradigmas e intolerâncias, favorecendo a exposição de ideias, o diálogo e o
desenvolvimento de novas ideias?
Educar é um ato que exige generosidade. Trabalhar em prol do
desenvolvimento de uma outra pessoa é compartilhar, é conduzir, orientar, e a
presença do amor pelo próximo, isto
é, o interesse genuíno de que o educando seja beneficiado com a formação que
recebe, certamente é fator determinante para diferenciar a educação dialógica
da educação praticada sistematicamente, sem que se entenda o aprendiz como pessoa
que é, mas apenas como uma antena “receptora de ensinamentos”.
Abraços, e até logo!
Referências
David, P. B.; Castro-Filho, J. A. Dialogicidade em práticas interativas da área de exatas.
Freire, P. F. (2007). Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1ª edição: 1996.
Excelente! Allen, vc está de parabéns além de ser um profissional comprometido e preocupado com a aprendizagem dos alunos, é muito bem articulado.
ResponderExcluirUm forte abraço!
Elizabeth Gomes